domingo, 27 de janeiro de 2008

Frei Luís de Sousa, III Acto

Espaço: "parte baixa do palácio de D. João de Portugal", Almada; "casarão" despojado de ornamentos, apenas com cruzes, tocheiras e outros objectos religiosos.
Tempo: "alta noite".

Topoi ("tópicos"):
  • Descrição dos acontecimentos recentes que provocam as mudanças repentinas ( e inesperadas?) que ocorreram na vida da família: Manuel, pela primeira vez, mostra-se angustiado, revoltado, mas também conformado com a decisão irreversível que tem de tomar. Em diálogo com seu irmão, Frei Jorge (confidente), reflecte sobre a desonra que se abateu sobre si próprio, sobre a família e, sobretudo, sobre sua filha, Maria, a vítima inocente.

  • A "morte para o mundo": separação do casal e ida para o convento, porque só a entrega a Deus pode redimir o seu pecado e só em Deus podem encontrar a resignação.

  • Agravamento da doença de Maria: referência explícita ao "sangue em golfadas", sintoma da tuberculose.

  • Os pressentimentos/presságios cumprem-se: Telmo reconhece que, embora sempre tenha desejado o regresso de seu amo, agora o repudiaria, se fosse possível; a separação de D. Joana e marido, que Maria admirava, está também prestes a atingir seus pais.

  • Expressão de sentimentos contraditórios: Telmo "escolhe" Maria a quem já ama mais que a D. João de Portugal.

  • Reconhecimento indiscutível do Romeiro: ele é D. João de Portugal.

  • Tentativa, ainda que vã, de alterar o curso dos acontecimentos: no entanto, as consequências terríveis e trágicas são, agora, inevitáveis.

  • Morte de Maria em palco, "de vergonha".

  • Redenção do pecado e da desonra de Madalena e Manuel: consagração a Deus.

Romantismo: espírito cristão, crença de que só em Deus é possível encontrar a salvação: a "morte para o mundo"; a emotividade, agora "irracional", de Manuel; a contradição de sentimentos em Telmo;os pormenores mórbidos relacionados com a doença de Maria; a morte "espectacular" desta personagem em palco. A expressão de sentimentos, através da linguagem e do estilo, acentua-se: interjeições, frases inacabadas, frases exclamativas, apóstrofes, hipérboles...

Classicismo: momentos que marcam o final da tragédia.

Vide: mudança súbita dos acontecimentos(peripateia); impossibilidade de os alterar, porque eles sempre se "anunciaram"(presságios) como inevitáveis; o crime cometido não pode passar sem castigo e atinge, não só quem o praticou(Manuel e Madalena), como também a vítima inocente, Maria: a katastrophe.

7 comentários:

Anónimo disse...

Ai stora eu tenho muitos apontamentos mas esta ajuda vai-me dar muito jeito para estudar para o teste de quarta-feira, pois acho que ainda nao estou muito preparada para tal.

Enfim.. obrigada !
Beijinhos *

Ana Serra

Anónimo disse...

Por acaso estava a procurar dados relacionados ao Frei Luís de Sousa para estudar p/ um teste que tenho amanhã e em outra Escola... E acabei encontrando este blog que indirectamente me ajudou bastante a esclarecer algumas dúvidas...=) ...

Muito Obrigado!

MC disse...

Fico contente por já estar na "blogosfera"!-)))

Bom estudo, "anónimo"!! E volte sempre...

MC disse...

Para a Ana:

O seu poema está a ser um sucesso!! Eu não disse??:-))

Anónimo disse...

Mto interessante ter um blog a falar destes assuntos pois nos desperta mto mais a atencao do k ta a estudar por livros e ate compreendemos melhor.. bjinhuu pra kem eh posta isso..*kinha*

Unknown disse...

muito obrigada muito bom post vai ajudar muitos alunos a passar o teste da obra "Frei Luís de Sousa".

Anónimo disse...

Um resumo muito bom, precisava mesmo disto :)

Obrigado ah prof que fez ;)