Tempo: oito dias depois do incêndio do palácio de Manuel de Sousa; sexta-feira, dia do aniversário do primeiro casamento de Madalena, data que coincide com o primeiro encontro dela com Manuel de Sousa e com o dia em que D. João de Portugal desapareceu em Alcácer-Quibir.
Topoi("tópicos"):
- A curiosidade precoce de Maria continua a manifestar-se a propósito da identidade dos retratos: em diálogo com Telmo, este vai-lhe falando de D. Sebastião e de Camões, mas evita revelar-lhe quem é o terceiro.
- O Sebastianismo/Nacionalismo: recusa em acreditar que D. Sebastião tenha morrido, porque significaria a permanência do domínio castelhano em Portugal.
- Idealização da figura do "poeta desgraçado", Camões: Telmo afirma ter sido seu amigo, falando da sua morte prematura, na miséria, e do esquecimento a que a sua obra foi votada.
- Referência (premonitória) a D. Joana e seu marido, que se separaram para seguirem a vida monástica: Maria revela admiração por esta escolha que considera muito corajosa.
- Os sintomas da doença de Maria são referidos frequentemente: a febre.
- A interpretação simbólica da destruição do retrato de Manuel de Sousa, no incêndio: perturbação crescente de Madalena, que acredita que é um sinal de que algo de funesto vai acontecer.
- Revelação da identidade do retrato de D. João de Portugal: Manuel de Sousa, serenamente, di-lo a sua filha.
- Os terrores de Madalena acentuam-se: o marido, a filha e Telmo vão a Lisboa, deixam-na com os seus "espectros" e maus pressentimentos, ficando com ela apenas Frei Jorge.
- A figura misteriosa e ameaçadora do Romeiro: a sua chegada é anunciada por Miranda.
- Revelação "dúbia" da identidade do Romeiro, após um diálogo em ansiedade crescente entre ele, Madalena e Frei Jorge: "Ninguém!"
Romantismo: a presença ameaçadora e "agoirenta" dos retratos, os espectros; o Sebastianismo e o nacionalismo; referência à figura "marginalizada" e incompreendida de Camões; a doença e impulsividade de Maria; a sensibilidade doentia e as superstições de D. Madalena, nomeadamente, a propósito da "sexta-feira"; o mistério que adensa toda a acção do II Acto. A linguagem emotiva continua a reflectir os estados de espírito das personagens.
Classicismo: continuação dos momentos que caracterizam a tragédia:
Vide: a aflição de Madalena vai-se acentuando(o pathos); em breve se assistirá a uma mudança repentina da acção (a peripateia); o momento do "reconhecimento" (anagnorise) desencadeado por alguém que vem "de fora", o Romeiro, e anunciado pelo "mensageiro da desgraça", Miranda. Manuel continua a revelar-se sensato, racional, assim como seu irmão, Frei Jorge.
2 comentários:
Ja ca vim stora
E acabei de ver, Cátia, as mensagens que deixou!!
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