sexta-feira, 2 de maio de 2008

Continuando a "leitura" de Os Maias: Capítulos VII a XII

VII Capítulo

  • Dâmaso Salcede, personagem tipo, que representa o novo-rico, consegue apresentar-se a Carlos, mas também tornar-se indesejável, devido ao seu comportamento exibicionista;
  • a Condessa de Gouvarinho visita Carlos no consultório;
  • informações dos amigos a Carlos sobre a misteriosa mulher que tanto o impressionara.

    Comentário:
  • Capítulo que remete, sobretudo, para a crítica social.

VIII Capítulo

  • Carlos e Cruges vão a Sintra à procura da “Mulher”;
  • encontram Eusèbiozinho, já viúvo, com um amigo e duas prostitutas espanholas.
  • Carlos tem notícias dessa mulher, casada, e de quem o Dâmaso já se tornara muito amigo.

    Comentário:
  • crítica ao comportamento previsível de Eusèbiozinho: a educação religiosa, “beata”, desencadeia atitudes de hipocrisia e de degradação moral.

IX Capítulo

  • alguns pormenores que se integram no domínio da crítica social, sobretudo o comportamento das mulheres.

    Comentário:
  • mais uma vez, a crítica às mulheres da alta burguesia lisboeta.

X Capítulo

  • destaca-se o episódio da corrida de cavalos e a atitude dos portugueses que frequentam esse tipo de evento social;
  • tal como no jantar do Hotel Central, tudo termina com uma desordem pouco adequada à situação.

    Comentário:
  • crítica ao modo como as pessoas se apresentavam, sobretudo as mulheres, com “vestidos de missa”(p 316), uma vez que não estavam habituadas a este género de evento, tipicamente inglês: “um canteirinho de camélias meladas”(p 317);
  • Afonso da Maia, na sua posição distanciada, já comentara que “o verdadeiro patriotismo[...] seria, em lugar de corridas, fazer uma boa tourada.”(p 308);
  • crítica aos portugueses que têm o hábito de imitar o que era estrangeiro, mas como não era genuíno, “desmanchando a linha postiça de civilização e a atitude forçada de decoro…” (p 325);
  • caracterização do espaço social.

Capítulo XI

  • Carlos, pela primeira vez, fala com "a tal" mulher, Maria Eduarda, passa a visitá-la com assiduidade e trocam confidências;
  • percebe que Dâmaso, supostamente, como já lhe tinham dito, se tinha tornado, também, íntimo da casa.

    Comentário:
  • a semelhança dos nomes, Carlos Eduardo e Maria Eduarda: “Quem sabe se não pressagiava a concordância dos seus destinos!” (p 346);
  • Maria repudia Dâmaso, o que explica comportamentos posteriores.

Capítulo XII

  • Carlos e Maria Eduarda tornam-se amantes;
  • Carlos aluga a Craft a casa dos Olivais, onde poderão viver, discretamente, a sua paixão.

    Comentário:
  • momento da intriga em que as personagens desafiam o Destino, hybris, ignorando, como nas tragédias, quem são e as consequências futuras.

(Notas: sublinhados meus nas citações; a paginação remete para a Edição de Os Livros do Brasil.)

3 comentários:

Natty disse...

Obrigado pelos resuminhos :) são bons, não tenho apontamentos separados por capitulos só cronológicamente.

Uma questao... ha alguma razao por n haver apontamentos sobre o Iº capitulo?

Sofia***

MC disse...

Sofia, as orientações de leitura referentes ao I Capítulo foram "publicadas" no dia 28 de Fevereiro, antes do último teste do 2º Período. Vá lá ver....(distraída!!!)
Bom fim de semana***

Anónimo disse...

Ah pois está ;) pois é que ontem vi antes do jantar e já estava com fome, distraime...
obrigado*
Sofia