II Capítulo
- casamento de Pedro e Maria Monforte (“felicidade de novela”);
- os dois filhos, Maria Eduarda e Carlos Eduardo;
- fuga de Maria com o príncipe italiano, levando consigo a filha;
- Pedro fica com o filho, regressa a casa do pai e suicida-se.
Comentário: - a crítica ao comportamento das mulheres: Maria foge, devido à leitura de romances românticos, que deturpavam a visão que as mulheres tinham da realidade;
- até o nome do filho, Carlos Eduardo, tinha sido escolhido por ser o de um herói de um romance, com uma vida de "aventuras e desgraças" (presságio);
- Pedro suicida-se, como era de esperar, devido ao seu temperamento neurótico (hereditariedade) e educação tradicional, “beata”.
III Capítulo
- Afonso retira-se para Santa Olávia com o neto e, aí, tem a preocupação de lhe dar uma educação à inglesa: ar livre, ginástica, inglês (“mente sã em corpo são”);
- em oposição, a educação de Eusèbiozinho, tradicionalmente portuguesa e “beata”.
Comentário: - a oposição entre os dois tipos de educação revela, mais uma vez, a crítica à tradicionalmente portuguesa.
IV Capítulo
- Carlos vai estudar para Coimbra, forma-se em Medicina;
- torna-se amigo de João da Ega, o "escritor", personagem que representa o Realismo/Naturalismo;
- quando acaba o curso, viaja pela Europa e o avô já o esperava em Lisboa, no Ramalhete;
- o consultório é mobilado luxuosamente;
- Ega prepara o seu grande livro, Memórias de Um Átomo.
Comentário: - termina a analepse que se iniciara no I Capítulo e o tempo cronológico volta a ser 1875.
- alguns pormenores são já significativos em termos de crítica e de caracterização da personagem: o luxo excessivo do consultório de Carlos não se coaduna com o exercício da Medicina;
- Ega começa a escrever o livro de que se falava desde os seus tempos de estudante (será que alguma vez vai terminar essa “Bíblia”?).
V Capítulo
- O Ramalhete e a vida social da família Maia e da alta burguesia de Lisboa: espaço social;
- apresentação de várias personagens “tipo”: o Cruges, pianista falhado; Steinbroken, o embaixador finlandês; a Raquel Cohen, amante do Ega; a Condessa de Gouvarinho que Ega “recomenda” a Carlos.
Comentário: - a crítica social torna-se mais corrosiva, em particular, no que diz respeito ao comportamento das mulheres (o adultério);
- as causas são: a leitura de romances românticos, a ociosidade e consequente tédio.
VI Capítulo
- jantar de homenagem a Cohen (o banqueiro judeu) no Hotel Central;
- Carlos cruza-se com uma bela desconhecida quando entra no Hotel;
- nesse jantar revelam-se outras personagens “tipo”: Alencar, poeta Ultra-Romântico, que tinha sido amigo dos pais de Carlos; o Craft, um inglês que há muito vivia em Portugal; Dâmaso Salcede, o novo-rico;
- o jantar termina com uma briga;
- já em casa, Carlos recorda o passado, como ficara a conhecer a história da mãe e do pai e adormece, evocando a visão da mulher que tanto o tinha impressionado.
Comentário: Este é um dos Capítulos mais importantes, porque nele se cruzam os dois níveis da obra: o da intriga e o da crónica de costumes.
A intriga: - Presságios: Ega, em conversa com Carlos (antes do jantar) diz-lhe que ele há-de vir a “acabar desgraçadamente[…] numa tragédia infernal”( p 152);
- a mulher com quem Carlos se cruza é como uma “deusa” envolta em mistério (p 157);
- no final do Capítulo, o sonho de Carlos, após ter recordado o seu passado familiar, remete para esta mulher, sonho premonitório.
A crónica de costumes: - o comportamento e a linguagem pouco adequados da alta burguesia lisboeta que quer parecer muito civilizada e cosmopolita;
- a oposição entre o Ultra-Romantismo retrógrado(Alencar) e o Realismo/Naturalismo(Ega), ambos exagerados.
- Espaço social: o Hotel Central, onde desfila esta galeria de tipos sociais.
4 comentários:
Não poderiamos ter a papinha mais feita.
Muitos mcoi sais (obrigado em chinês)
Até breve
Mafalda
Mas olhe que faltam os "aperitivos" e a "sobremesa", Mafaldinha, e isso é tarefa vossa!
Até amanhã!-:))
Como lhe disse na ultima aula.. já tinha reparado na ajuda que nos tinha posto aqui no blog.. mas nao tinha lido, dai n ter comentado antes.
Estes seus apontamentos mais os que eu ando a fazer nas aulas vao ajudar bastante.. porque confeço que nao estou a gostar nada dos Mais e assim dá, pelo menos, para tirar positiva no teste, espero.
(Deserta para dar o cesario verde..)
Enfim.. a continuação das melhoras e beijinhos :)
Ana Serra
Também eu, Ana...desertinha para ler convosco Cesário. Mas o tempo vai ser escasso, infelizmente!!
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