quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Outra forma de intervir, reflectir e debater

Um grupo de alunas do 11ºB utilizou o Texto Dramático para apresentar o seu trabalho. Achei a ideia muito interessante e é um exemplo de como este (ou outro) modo de expressão pode promover a reflexão sobre temas controversos (ou não).


DIÁLOGO SOBRE A TRAIÇÃO E FIDELIDADE

Raquel – Está mais que provado que não é possível…

Marta – É mesmo, é algo incontrolável, quando menos esperamos já o cometemos!

Raquel – Cometer? Mas será errado? Será errado ser contra algo natural do Homem?

Inês – Eu não sou casada, mas sinceramente, e perdoem-me se parecer impertinente, vocês são casadas, têm um marido, filhos e casa e falam de traição como se fosse algo ordinário (vulgar)?

Marta – E não é? Involuntariamente fazemo-lo todos os dias!

Inês – Não compreendo! Antes de mais o que é a traição? Podemos nós trair sem ser infiéis?

Marta – Ouve…Não estás a entender, existem muitos casais que não traem fisicamente, no entanto são infiéis…O que é o casamento? Não é o consumar de um amor eterno? Esses sim são os casos penosos.

Inês – Poderá ter a sua razão. O que sempre me levou a ficar solteira foi o factor “Não consigo amar alguém mais do que a mim, não por muito tempo”.

Raquel – Somente há muito pouco tempo é que as pessoas se aperceberam do que se trata a fidelidade!


Inês – Sim! inclusive várias revistas que já li explicam que está mais que comprovado que num casamento/relação o terceiro elemento é fundamental…É por vezes a falta da “permissão” da parte do parceiro que leva à infidelidade.

Raquel – Claro as pessoas esquecem-se do que juraram no seu casamento…As pessoas no geral não entendem o que é a traição, acabando assim por generalizar a infidelidade!


(Questão para debate: Pode haver infidelidade sem traição?)

Texto da Inês, Marta e Raquel do 11º B



7 comentários:

Anónimo disse...

Desde ja'... Parabens as tres autoras deste trabalho, adorei a maneira que arranjaram para tratar o tema proposto: traição e fidelidade.
Por outro lado, respondendo a pergunta deste debate, para mim esses dois termos completam-se um ao outro. Sei que e' estranho mas primeiro de tudo a traição e a fidelidade nao precisa, necessariamente, de se retratar num casamento ou num namoro... mas sim em todo o tipo de relaçoes, podendo ser também de amizade.
Noutro aspecto, a traição , normalmente, e' ligada directamente ao "prazer carnal" (se e' que me faço entender...), isto em termos d relacionamentos, porém a maioria das pessoas esquecem-se que pode haver nao so' fisicamente mas como psicologicamente, que em muitos casos e' a mais usual.
Tendo em conta a fidelidade... e' se preciso ser fiel tanto com os outros como connosco, pois sem esses dos pontos bem fixos dentro de nós nunca iremos ser capazes de ser felizes.

Tendo a ver com este tema deixo aqui este "apontamento" :
http://www.vivercomqualidade.psc.br/traicaoefidelidade.htm

E deixo aqui bem explicito que este comentário e' uma simples opinião pessoal minha sobre o assunto e espero que a stora goste do artigo que contem este link que lhe citei.
(e continuo a não gostar nada da ideia de não ter feito este trabalho... enfim.)

Beijinhos
Ana Serra, 11.ºG

Anónimo disse...

http://sentindosentimentosentidos.blogspot.com/ outro poemazito, a sua critica e' sempre bem vinda. :)

MC disse...

São sempre opiniões "pessoais", Ana!Não esteve na aula de debate, mas tem-se "vingado" aqui...Ainda bem!

Anónimo disse...

Quando embarcamos numa relação com alguém, falo por mim que não namoro mas tenho um companheiro/amigo há já um ano, criamos uma série de regras. Estas, com o desenrolar da relação, vão-se modificando e desaparecendo havendo a criação de novos compromissos.

No entanto esta ideia de "traição/fidelidade" está tão presente na nossa sociedade que quando assumimos uma relação com alguém pressupomos que não poderão haver outras pessoas. Muitas vezes até os amigos mais próximos, aquele que vemos exclusivamente como irmãos, são atingidos.
Curiosamente encontrei uma pessoa cujo pensamento não está tão preso a esses conceitos "antiquados". Atenção pensamentos, porque não acredito que fossem assim tanto as pessoas que se mantivessem "fiéis" (na mente ou fisicamente)...

Quando estamos numa relação "típica" de namoro existe o tal momento chamado de paixão e o momento que depois vem, chamado de amor. Muitos não chegam a atingir esse momento, nem eu mesma sei se o atingi com uma relação que tive de dois anos. E penso ser normal que quando chega o momento do amor, as coisas se alterarem.

Eu gosto de dançar (os meus colegas que o digam) e de me meter com as pessoas nos concertos, na rua, etc (a janine que o diga... lol) no entanto, quando a noite está a chegar ao fim apetece-me estar realmente com o meu "amigo especial". O facto de ter dançado funáná com outros homens antes não invalida o meu respeito e amor por ele. Porque apenas ele me pode dar o que realmente preciso da maneira que preciso, os outros fazem apenas parte de uma abstracção e diversão que eu, pessoalmente, necessito.

Mas muitos têm vergonha de assumir que têm certos tipos de pensamento pois pensam realmente que isso demonstra uma falta de amor pelo parceiro ou que ele não é completo e os satisfaz. No entanto não o vejo assim.

Eu continuo a achar que cada casal deve fazer os seus votos e não os votos típicos, porque todos somos diferentes, temos relações diferentes e necessidades diferentes.

A mim preocupa-me é a hipocrisia. A inocência não tanto, faz parte e alguns começam a descobrir este caminho mais cedo, outros mais tarde.

Falo como se fosse uma relationship expert... :p

E agora uma músiquinha para animar duma das minhas artistas favoritas
http://www.youtube.com/watch?v=3aRbJb-IihY

Sofia
11ºG

MC disse...

O que eu tenho aprendido aqui, Sofia!!...

Anónimo disse...

bem...stora vejo que o debate que fizemos na sua aula tem desencadeado aquilo para o qual foi realmente criado"debate"!
acho fantastico a quantidade de opinioes que as pessoa podem ter...a minha opiniao ja a conhece...
beijinhos da ines 11ºB

espero que voltemos a fazer mais trabalhos destes...penso que todos aprendemos com as opinioes dos outros...penso que depois de lermos tantos "tipos" de pensamentos podemos ponderar no facto de a nossa maneira de ver as coisas seja completamente susceptivel a mudanças...e preciso e compreender o assunto...nao simplesmente julga-lo

beijinhos outra vez da ines*

p.s:nao diga que n lhe fazemos comentarios xD

MC disse...

Só assim se desencadeia o debate, Inês! desafiando, "provocando"... E fico mais contente quando muitos participam!