quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Intervenção/Reflexão/Debate

Como preparação para as intervenções orais a apresentar em aula, uma aluna sugeriu-me que publicasse um texto, resultado da sua reflexão pessoal sobre o tema "Casamento: fidelidade/traição". De bom grado o publico, corrigido e adaptado. Pode ser que o debate aqui continue...!

A Fidelidade

A fidelidade tem como base a confiança e vice-versa. Numa relação como o casamento, muitas pessoas acham difícil manterem-se fiéis, principalmente em pensamento. Há quem diga que com o passar do tempo a relação se torna monótona e fica sem a paixão e envolvência iniciais, o que torna a "tarefa" de se ser fiel mais complicada de gerir.
Uma pessoa tem de se sentir amada, respeitada, mas sobretudo ser ela a amar e respeitar. Quando se tem firmeza e dedicação a um casamento é muito mais fácil manter a fidelidade; contudo a existência de amor e desejo pelo outro são os factores mais importantes para se manter uma relação verdadeira, sem mentiras.
A fidelidade pressupõe também a verdade no matrimónio. (...)
Hoje em dia são raros os casos de amores eternos, mas não são inexistentes. Infelizmente, até nesses raros casos, se foge à fidelidade, nem que seja por uma vez; muitas vezes alegando que se procuram certezas de sentimentos, o que é completamente desnecessário quando se ama. (...)
Quando se promete fidelidade o principal é o amor, pois quem ama não ousa sequer pensar noutro nome.

Da Bruna, 11º A.

13 comentários:

Anónimo disse...

A minha Bruninha tinha que falar deste tema, tal e qual como eu!
Somos mesmo melhores amigas :$

Este texto faz todo o sentido. Cada palavra, cada sentimento! Aiii como sempre a bruna tem toda a razao no que diz. Sabe reflectir sobre os varios assuntos e tem um poder tao grande para presuadir as pessoas, meu deus! Adoro-o!

O amor... o amor... ela tinha que falar no amor ! :P
Gostei e ... Bruninha deste-me uma grande ajuda com este textinho no blog da stora :) (eu já sabia mais ao menos disto, afinal ja' m tinhas contado tudo.)

E.. a stora deve ter muito orgulho nos seus alunos! Tem com cadas pessoas mais que especias :)

Beijinhos !

Ana Serra 11.º G

Anónimo disse...

aaaaah stora!!! pois e' pois e' ... eu tive uns problemazitos no dia dos namorados.. e nem me lembrei de la' por um poema! sou uma despassarada!
Mas para compensar vou colocar agora um que me foi dedicado, feito pela minha prima! divinal :)

Beijinhos

Ana Serra

Anónimo disse...

Olá!
Gostava apenas de chamar a atenção para alguns preconceitos apresentados no texto e penso que muita gente é da mesma opinião, daí o motivo de maus casamentos como existem na actualidade!
Quando se diz que "A fidelidade tem como base a confiança e vice-versa." mostra-se apenas uma ideia muito generalizada ou até mesmo extremista. Penso que seria mais certo dizer-se que a fidelidade é o resultado de uma relação com uma base de respeito, equilibrio e tudo o que isso implica.
Discordo totalmente quando a Bruna diz que "Uma pessoa tem de se sentir amada, respeitada, mas sobretudo ser ela a amar e respeitar." porque nós temos de nos concentrar primeiro na nossa pessoa e de nos sentirmos realizados antes de podermos ralizar a outra pessoa.
Discordo também quando é dito que " Infelizmente, até nesses raros casos, se foge à fidelidade, nem que seja por uma vez; muitas vezes alegando que se procuram certezas de sentimentos, o que é completamente desnecessário quando se ama." porque isto é viver com palas nos olhos como os cavalos e seguirem o caminho que vêm à frente com a sociedade por trás a comandar; viver assim é não experienciar, é não nos realizarmos e é esta mesma falsa ideia que leva à traição! Esta ideia é o típico conceito do casamento de antigamente e foi a partir da emancipação da mulher que este conceito se destruiu.
Chego então à conclusão de que este texto foi escrito por uma pessoa inexpriente e digo isto por experiência própria.

OBS: Gosto muito do seu blogue «stora».

Ass: Maria

MC disse...

"Maria":

Grata pela apreciação que fez do blogue. Quanto ao texto da Bruna, ela lhe responderá, se assim entender, mas quero deixar aqui uma nota: como é óbvio, é uma pessoa com pouca experiência, porque é uma jovem!

MC disse...

Ana

Pode crer que me orgulho muito dos meus alunos...

(O blog da Ana, para quem quiser ir espreitar, é: http://sentindosentimentosentidos.blogspot.com )

Anónimo disse...

O conceito de traição que hoje temos é quando alguém pensa, sente desejo ou tem relações fora do casamento. Uma concepção católica que vem naturalmente do nosso passado histórico, cultural e religioso.
O facto de haver uma relação sexual (ou algo por ai) extra-conjungal não pressupõe uma falta de amor ou de fidelidade. Em jovens ensinam-nos que as relações sexuais devem ser praticadas exclusivamente com alguém por quem estejamos apaixonados, mas o facto de as termos com alguém com quem não queremos casar não significa que esse acto não possa ser chamado também de "fazer amor".
Vejo muito nos meus amigos que as relações estão cheias de limitações. não pode ir sair, porque o namorada não vai, não pode vestir assim porque o namorado não quer, etc etc, a lista de privações é imensa. Contudo não me cabe a mim julgar essas escolhas, apenas posso reflectir e escolher para mim. A maioria das limitações nas relações que vejo na nossa sociedade derivam da nossa herança religiosa, que veio a eliminar as raizes da cultura humana.
Contudo não podemos comparar o ser humano de hoje, com as primeiras sociedades de Homens, houve uma evolução interior. Não devem haver radicalismos, pois eles seriam (provavelmente) infundados.
Cabe-nos então, a cada um de nós, pensar nos nossos valores, de onde eles provêm e o que significam realmente, para podermos então entender o que eles realmente significam


Sofia Rosado
11º G

MC disse...

Sofia

Gosto sempre tanto das suas intervenções!

Anónimo disse...

O tricot e o crochê são muito bons para nos manterem ocupados. É um escape mental produtivo, daí ser tão bom ;) eu amo! E é realmente interessante quando já conseguimos inovar e fazer as nossas peças originais


Hoje vou faltar à aula. Como vivo numa casa velha em Monsanto a chuva inundou tudo... a rua é neste momento um rio e em várias divisões entra água devido a maus isolamentos e ao chão ser de pedra, há poças por todo o lado.
Espero que o meu grupo não fique prejudicado com o facto de eu não poder participar hoje na apresentação oral.

*
Sofia

MC disse...

Correu tudo bem, Sofia!
Que os estragos não tenham sido muitos...

Anónimo disse...

Stora, quero-lh pedir imensas desculpas! Hoje nao consegui mesmo ir a escola.
Estou numa pilha de nervos desde de manha cedo, onde eu vivo nao se conseguia sair sequer... cairam muros de vivendas, arvores, postes de electricidade, enfim.. horrivel!
Desculpe.. queria tanto ter participado no trabalho de grupo e acabei por nao poder lá estar. :(

Ana Serra

Bruna Nunes disse...

De facto não me posso dizer uma pessoa muito experiente, mas já passei por uma situção que foi a principal inspiração do meu texto. Com as palavras "Infelizmente, até nesses raros casos, se foge à fidelidade, nem que seja por uma vez; muitas vezes alegando que se procuram certezas de sentimentos" não pretendo dizer que não devemos experienciar, mas quero com isto mostrar que quando se ama realmente não há nada para ser provado, quando amamos não precisamos de certezas, pois o amor é a maior de todas elas. Sei que pode parecer uma visão "cor-de-rosa" de ver a vida e as relações entre seres humanos, mas é a minha maneira de vê-las. No início refiro que já passei por uma história que me fez sentir tudo o que escrevi, sei que muitos pensam que aos 16/17 ninguém sabe ou pode afirmar a palavra "amor" sentindo-a; mas com tudo o que passei, e não só, posso dizer que isso não é verdade.
De facto, por vezes, o momento leva-nos à trair, e pode não parecer simples (no meu texto integral até o refiro), mas ou não se comete a hipocrisia de um casamento sem amor ou há soluções como o divórcio.
Concluindo, a verdadeira mensagem que pretendia que o meu texto transmitisse era - quando se ama realmente não há espaço para duvidar.

Bruna

MC disse...

Calma, Ana, já passou o mau tempo!! Pode haver sempre imponderáveis! Eu sei os motivos que levaram alguns alunos a faltar, não foi a única! E o trabalho teve a sua colaboração...

Anónimo disse...

Obrigada stora, obrigada! :)

Em relação a ti, Bruninha!
Eu concordo, plenamente, com as tuas palavras. Pois o "amor" nao surge apartir d uma certa idade, mas sim quando nasce dentro de no's e aparece sem esperarmos.. sendo aos 16 ou aos 30, não interessa.
E sim, quanda há amor não há duvida! Faço das minhas palavras as tuas, pois muitas vezes existem esteriótipos que devem ser quebrados e aprender a ver as coisas e a pensar com o coração e o nosso interior e não com a ideia do senso comum.

Beijinhos ***
Ana Serra